Anos 80

5.- It Takes A Nation Of Millions To Hold Us Back - Public Enemy / Paul's Boutique - Beastie Boys


O ano era o de 1988 e os Public Enemy lançavam o seu segundo álbum. Nem eles nem ninguém pensavam que alcançariam o sucesso que alcançaram. Numa altura em que o mundo pronuncia os Rage Against The Machine (RATM) como uns génios únicos dentro do género, os Public Enemy são esquecidos bem como o facto de que, sem eles, os RATM não teriam onde se inspirar.

Muitas vezes considerados como uma das mais controversas e influentes bandas dentro do rap, os Public Enemy começaram a tendência de apagar as linhas entre música e política, fazendo do rap uma arma social.
om a equipa de produção Bomb Squad, os Public Enemy criaram um som que misturava samples com funk clássico, enquanto brinca com a interacção entre a retórica política de Chuck D e o humor de Flavor Flav. No ano em que foi lançado, não era comum retratar-se o medo, a raiva, a paranóia e a ansiedade num só CD e, por isso, ficaram na História da música.
O álbum é um clássico do rap e veio influenciar tudo o que foi feito mais tarde, dentro e fora do género. A primeira faixa do álbum é “Bring The Noise”, onde Chuck D e Flavor Flav começam a agitar o ambiente. “Don’t Believe The Hype” é um hino à irreverência e, embora não seja tão cativante como o seu maior sucesso, “Fight The Power”, tem bastante significado. “Flavor Flav Cold Lampin’” é uma faixa hilariante que merece ser ouvida só pelo gozo.
O ritmo do álbum acalma um pouco durante uns tempos. Mais à frente, “Louder Than A Bomb” começa calmamente, mas pouco depois Chuck acaba com a calmaria e irrompe violentamente. “Night Of The Living Baseheads” é uma das faixas mais memoráveis do álbum graças a um vídeo tresloucado feito para a mesma. Esta foi das primeiras bandas a chamar à atenção para a epidemia das drogas nas cidades e esta faixa é um exemplo disso. Já em “Black Steel In The Hour Of Chaos” encontramos Chuck D mais irritado que nunca a falar de uma fuga da prisão e, embora seja ficcional, Chuck ainda consegue atingir tudo e todos desde o governo federal ao racismo.
No final, temos três faixas bombásticas e militantes ao extremo: “Rebel Without A Pause”, “Prophets Of Rage” e “Party For Your Right To Fight”. Esta última muito bem conseguida com as vozes a imporem-se ao mais alto nível.
Nenhuma banda ainda conseguiu igualar a proeza de atacar uma quantidade enorme de oponentes numa só faixa como os Public Enemy. O título dado ao álbum não foge à realidade, seriam mesmo necessários milhões para deter os Public Enemy.



Paul's Boutique é o segundo álbum de estúdio gravado pelo grupo norte-americano de hip-hop Beastie Boys, lançado em 25 de Julho de 1989 pela Capitol Records.
Tem produção dos Dust Brothers, e as gravações aconteceram no Mario G's Studio em Los Angeles e no The Opium Den no Brooklyn, Nova Iorque de 1988 a 1989. As mixagens de áudio foram feitas em Manhattan no Record Plant Studios.
Paul's Boutique foi inicialmente considerado um fracasso commercial pelos executivos da Capitol Records, pois suas vendas não coincidiam com vendas anteriores do grupo, e o selo decidiu parar de promover o álbum. Apesar disto, o álbum ganhou virou um cult ao passar dos anos. Altamente diverso, tanto no som como nas letras, Paul's Boutique assegurou aos Beastie Boys um lugar nos favoritos dos críticos e sendo reconhecido por muitos como sendo o magnum opus do grupo
Gravado para a Capitol Records, Paul's Boutique foi co-produzido pelos Dust Brothers, cujo extensivo e inovador uso dos samples em diversas camadas ajudaram a estabelecer a prática como uma arte. Apesar de os Dust Brothers estarem focados em fazer um disco com vários "hits", concordaram com o grupo em produzir um som mais experimental. No total, 105 músicas foram sampladas para o disco, incluindo 24 samples individuais somente na última faixa. Os samples utilizados em Paul's Boutique foram utilizados sem permissão, o que só foi possível porque o disco foi produzido antes de Gilbert O'Sullivan processar o rapper Biz Markie, o que mudou para sempre a história do uso do sample na música.
"Fuck that!! This is the record, with no fucking single!... Fuck "Brass Monkey"! None of that fast-rapping commercial shit!"

4.- Closer - Joy Division


Closer é o segundo e último álbum de estúdio da banda inglesa de pós-punk Joy Division, sendo considerado um dos mais importantes álbuns do movimento pós-punk. As músicas foram gravadas sob uma abóbada de estuque especialmente construída, a fim da captar a ressonância de uma capela.
Por problemas na tiragem, o álbum só foi lançado em junho de 1980, depois do suicídio do vocalista Ian Curtis, tornando-se um álbum póstumo. A capa, que mostra a foto de uma lápide de cemitério, foi concebida antes da morte de Ian Curtis, mas acabou sendo uma infeliz coincidência.
Depois da boa crítica do álbum de estreia Unknown Pleasures (1979)  mais directo e pesado, Closer vinha recheado de sintetizadores e a atmosfera fica em torno da sonoridade de Kraftwerk e David Bowie fase Berlim. A capa do álbum, por si só, já apresenta um enigma. Uma cena fúnebre, sem referências nos créditos (que não existem no disco). A estética minimalista da Factory seria uma característica dos Joy Division e depois seguida pelo New Order. Nenhuma foto dos integrantes ou relação das músicas. Acima da ilustração, apenas o singelo título “Closer” (mais perto) – seria um convite para o ouvinte se aproximar e tentar decifrar os mistérios e nuances da sonoridade dos Joy Division?
Além da sonoridade, a banda tinha a genialidade e beleza mórbida das letras de Ian Curtis. A poesia lúgubre expressa por meio de descrença e pessimismo na tradição dos românticos como Charles Baudelaire e William Blake.

3.-  Daydream Nation - Sonic Youth


E em 1988 o Sonic Youth surpreende os fãs e a crítica com o lançamento do descomunal duplo “Daydream Nation”(já por uma nova gravadora a Enigma Records), uma obra-prima em toda a sua excelência do termo. O disco marca o ápice da carreira do Sonic Youth.
Ressalvando claras influências dos legendários Velvet Underground, nunca as guitarras de Lee Ranaldo e Thurston Moore soaram tão bem e sua combinação é tão orgânica que cada guitarra parece preencher lacunas deixadas pelas outras nas canções que compõe o disco. Cada riff, cada solo tudo parece ter sido propositadamente encaixado fazendo com que as músicas deste disco soem bastante coesas, apesar das múltiplas camadas sonoras. Além disso as composições do disco exalam frescura e um sentimento de revolta de uma geração cada vez mais rodeada pela MTV e pelo Rock Comercial (que começava a tomar conta dos topos de sucesso naquele período) e em conflito com uma sociedade que tinha cada vez menos a ver com os anseios da juventude. De modo que o álbum em si pode ser considerado como uma verdadeira “radiografia” da juventude daquela época, razão pela qual os Sonic Youth são uma das bandas mais representativas do Rock do fim dos anos 80 e inicio dos anos 90.


2.- The Queen is Dead - The Smiths


The Queen is Dead é o terceiro álbum de estúdio da banda inglesa The Smiths, lançado em 1986. A capa é uma foto do actor Alain Delon, datada de 1965, como se estivesse morto. Para os Smiths significava o fim de um período marcado pelo tédio, seria a libertação das tradições aristocráticas da Inglaterra.
Esta é sem duvida a obra prima dos Smiths. Lançado em 1986, chegava às paradas internacionais com o hit The Boy With the Thorn in His Side. Esta música marcou também a gravação do primeiro vídeo clipe da banda, já que anteriormente apenas versões ao vivo de suas músicas haviam sido gravadas. Mas nem tudo deu certo: antes mesmo do lançamento do álbum, o baixista Andy Rourke deixa a banda sem maiores explicações e Craig Gannon entra como segundo guitarrista. Já com esta formação é que lançam o primeiro single do álbum, Bigmouth Strikes Again. Curiosidade: Gannon não aparece nos créditos do The Queen is Dead.
Independente disso, este disco mostra uma reviravolta na carreira dos Smiths, o sucesso começa a bater na porta de Morrissey e Marr e as criticas à realeza, ao governo de Margareth Tatcher e à imprensa, que apareciam de forma subtil nos trabalhos anteriores, vem com força total. A faixa titulo é uma afronta ao modo de vida da Rainha e seus filhos. Bigmouth Strikes Again, ou na tradução livre, "o desbocado ataca novamente", indica o que a banda achava dos tablóides sensacionalistas britânicos.
De realçar a faixa "There is a Light Who Never Goes Out" uma emocionante narrativa em primeira pessoa, considerada por muitos fãs a mais bela das canções já escritas, fala sobre alguém que se declara feliz se tivesse a hipótese de morrer ao lado da pessoa que ama e a quem confia plenamente seu destino.

1.- Purple Rain - Prince & The Revolution


Purple Rain é um álbum de estúdio de Prince e The Revolution, trilha sonora do filme de mesmo nome. O álbum foi lançado em 25 de Junho de 1984 pela gravadora Warner Bros. Records.
Foi em 1984 que Prince dá a cartada final para se tornar um superstar. Purple Rain é lançado juntamente com o filme de mesmo nome. O disco vendeu mais de 13 milhões de cópias e ficou 24 semanas consecutivas na parada do Billboard 200. O filme,  foi definido pelo crítico Joe Queena como "sexista, juvenil e mentecapto", arrecadou somente nos EUA, 80 milhões de dólares nas bilheterias. Purple Rain provou que Prince era um sucesso, um super estrela. Duas faixas de Purple Rain, "When Doves Cry" e "Let´s Go Crazy" chegaram ambas no topo dos singles dos EUA e viraram hits internacionais, enquanto a faixa título chegaria ao número 2 do Bilboard Hot 100. Simultaneamente, Prince aparecia como estrela do filme, single e álbum número 1 dos EUA. Prince ganha ainda o prémio de melhor canção original, o Óscar da Academia por Purple Rain além de melhor banda sonora de filme, e o álbum foi escolhido pela Rolling Stone como um dos 500 melhores álbuns de todos os tempos.
A chave do sucesso de Purple Rain foi o som de Prince, é impossível de definir. O funk eletrónico vulgar pelo qual era antes conhecido deu lugar a uma nova mistura de rock, pop e soul que incorporava guitarras distorcidas a batidas eletrónicas em músicas como “When Doves Cry” e “Computer Blue”. A faixa-título do disco foi  uma tentativa que Prince fez de compor rock no estilo country de Bob Seger.
Prince sabia que não conseguiria atingir sucesso a nível mundial a menos que se contivesse um pouco nas letras. Ele fez o possível, mas, com “Darling Nikki”, Prince foi parar novamente nos livros da história, tornando-se o responsável quase directo pelos selos de “Parental Advisory - Explicit Lyrics” (Advertência aos Pais - Letras Explícitas) dos discos norte-americanos.

Anos 70

5. Never Mind The Bollocks - Sex Pistols / London Calling - The Clash

É a revolução do movimento punk.

Never Mind The Bollocks, Here's The Sex Pistols é o primeiro e único álbum de estúdio da banda britânica de punk rock Sex Pistols.
Os Sex Pistols duraram como banda cerca de dois anos, no final da década de 1970, mas foi tempo suficiente para que eles mudassem radicalmente a indústria musical. Com suas letras cruas, violentas e as performances ao vivo, a banda revolucionou o Rock and Roll, sendo uma das principais influências do punk rock.
Por trás de suas tácticas de choque e negativismo havia uma crítica social cuidadosamente pensada para gerar altíssimo impacto. O álbum articulava com perfeição a frustração, raiva e insatisfação da classe trabalhadora inglesa com o establishment.
O grupo abriu caminho para incontáveis outras bandas fazerem o mesmo, mas nenhuma foi tão incisiva. É fácil ver como a energia da banda e sua atitude geraram uma revolução musical. Originalmente lançado em 1977, Never Mind The Bollocks não perdeu sua fúria ou originalidade com o passar do tempo. Este disco, que volta agora às lojas.
Todas as músicas foram escritas por Johnny Rotten, Steve Jones, Glen Matlock e Paul Cook.



London Calling é o terceiro álbum de estúdio da banda britânica punk rock The Clash.
O Clash pode ser acusado de ter diluído o punk rock em digressões estilísticas e de discursar sobre política sem realmente saber nada sobre isso, mas, um quarto de século depois do lançamento da sua obra-prima, London Calling, o álbum continua sendo o que melhor ofereceu uma saída vital para o egoísmo do Punk.
London Calling foi a afirmação definitiva dos Clash, após o seu manifesto punk no seu primeiro álbum e do agrado ao público americano de Give 'Em Enough Rope. A parceria entre Joe Strummer e Mick Jones abraçava agora outras influencias, além do punk e do reggae, como o rockabilly (Brand New Cadillac), o pop (Lost in the Supermarket) e o R&B (I'm Not Down), enquanto Simonon oferecia o "hino dark" Guns Of Brixton. Spanish Bombs era um protesto político genuíno; a faixa-título, com sua linha de baixo galopante, a guitarra cortante e o vocais graves e profundos, garantiu à banda seu maior sucesso em formato single até então.
Mas o que faz o amálgama do disco é a produção firme de Guy Stevens. Um empreendedor genial da indústria do disco desde o final dos anos 60, Stevens tinha caído em desgraça em meados do da década de 1970, mas seu entusiasmo fez a banda deixar de lado sua postura intimidadora e ele conseguiu extrair o melhor dela.

4.- Exile On Main Street - The Rolling Stones


Exile on Main Street é o décimo álbum de estúdio da banda de rock inglesa The Rolling Stones, lançado como um LP duplo em 1972 e baseou-se em influências do rock & roll, blues, country, Gospel e soul.
Inicialmente, este álbum foi recebido com críticas mornas, mas agora é considerado um dos melhores trabalhos da banda e uma das obras-primas do rock - e por muitos como um dos melhores discos de rock de todos os tempos.
Um detalhe curioso em torno deste disco é que ele não possui nenhum grande hit da extensa carreira de hits da banda,e encerra uma sequência de 4 álbuns seguidos que foram extremamente elogiados pela crítica e reconhecidos pelo público como o apogeu criativo da banda.




3.- Transformer - Lou Reed

Lançado em 1972, Transformer é o segundo disco da carreira solo do poeta urbano Lou Reed.

Após abandonar a sua banda de sempre, os Velvet Underground, Lou Reed estava numa situação desconfortável que o arrastava para um abismo criativo e pessoal.
O seu primeiro álbum a solo, composto por canções rejeitadas pela sua antiga banda foi um fracasso comercial. Ainda para mais, o disco contava com a colaboração despropositada de Steve Howe e Rick Wakeman dos Yes. O "Prog Rock" nunca seria a praia de "Mr. New York City". O "Glam Rock" talvez.
Chegou então a ajuda de David Bowie, que no auge da "era Ziggy" se propôs produzir o segundo disco a solo (a gravar em Londres) de um artista esgotado e torturado, mas que ainda assim era uma das principais referências musicais do "Sr. Camaleão".
Bowie trouxe com ele o seu genial guitarrista Mick Ronson que teve um papel primordial na instrumentalização e nos arranjos das canções. Esta química não poderia falhar, sobretudo porque desta vez Reed trouxe maioritariamente canções novas (e não meras sobras do tempo dos Velvet, excepção apenas para "Satellitte of Love"). Temas que transpiravam à Nova Iorque de Lou Reed: a decadência, a boémia, as ruas perigosas, as drogas, as prostitutas, os travestis, etc. Toda uma série de personagens que bem poderiam ter sido fabricadas num filme de Warhol.
O autor de "Heroine" fez questão de prestar aqui as devidas honras ao seu "guru" com dois temas "Andy´s Chest" e uma das melhores canções de rock de sempre: "Vicious"! Conta a lenda que foi o próprio Wharhol que inspirou Reed na frase "vicious, like I hit you with a flower".
Outro momento de particular inspiração acontece na balada "Perfect Day". Canção escrita para a sua ex-mulher Betty, mas que também serve de exorcismo da má fase passada na companhia da heroína. O piano que serve de base e que foi providenciado por Ronson é simplesmente: comovente e mágico.
Mais controverso foi o quase jazzístico, "Walk on the Wild Side", que quando foi lançado como single foi banido por uma série de estações de rádio. Para furar o bloqueio de uma canção tão imediata houve quem nos Estados Unidos chegasse a passar versões de 30 segundos contendo as partes do "to toro toro toro". Porém estas canções traziam consigo um "pedaço de realidade" do qual era impossível escapar. Escute-se também "New York Telephone Conversation", "Goodnight Ladies" ou "Hanging Around" para termos o quadro completo.
Mas é talvez "Satellite of Love", a canção mais magistral do disco. Com Bowie nos coros, esta é talvez a canção mais pop que Lou Reed escreveu, mas também das mais eficazes que o elevaria a uma outra categoria ou patamar de sucesso.
"Transformer" é um clássico não só por conter algumas das mais inspiradas canções de Reed. Como funcionou também como "o veículo" perfeito para o renascer de um dos melhores trovadores de sempre.


2.- The Rise and Fall  of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars - David Bowie


Certamente um dos discos mais influentes da história do Rock, The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars é um disco do músico David Bowie editado em 1972, e que viria a se tornar um grande clássico mais tarde.

Influenciado pela onda de Glam Rock que existia na Inglaterra na época, e condizente com cenário imaginado em filmes como Laranja Mecânica e 2001 - Uma Odisséia no Espaço (de Stanley Kubrick) lançados nessa mesma época, Bowie acabou criando uma espécie de álbum conceitual e futurista, sobre um rockstar extraterrestre e sua saga no planeta terra, Ziggy Stardust e todo seu glamour. O álbum foi muitíssimo bem aceito, soando como uma espécie de ópera rock, juntando a óptima música com fantasia, ficção e teatro em doses certas, Bowie cria figurinos extravagantes e exuberantes bem ao estilo Glam Rock e por fim incorpora o personagem, isso foi mais que suficiente para o sucesso.
Existem boatos de que o nome Ziggy tenha vindo de Iggy Pop ou Twiggy (modelo dos anos 70) e de que Bob Marley escolheu o nome do seu filho (Ziggy Marley) por causa desse disco.
O Álbum começa com a faixa "Five years" anunciando o fim do mundo e criando uma atmosfera sombria, seguida por "Soul Love" uma música que procura transmitir a sensação de inexistência do amor verdadeiro, "Moonage Daydream" provocante, e o clássico "Starman". Passando por "Ain't Easy", falando sobre questões existenciais e a busca pela auto-satisfação, "Lady Stardust" e "Stars" que assim como em "Soul Love" pode-se perceber claramente a influência da banda inglesa T-Rex que despertou a curiosidade do universo glam de David Bowie. O álbum também inclui uma faixa Pré-Punk chamada “Hang On to Yourself” e então surge a canção título, '"Ziggy Stardust"', falando sobre toda beleza do nosso astro e com uma letra completamente viajante e alucinogénica. A partir daí segue a parte da "queda", afinal, como toda as sagas e como o próprio nome do álbum já diz (Ascensão e Queda), a faixa “Suffragette City” fala da perdição do estrelato e por fim “Rock’N’Roll Suicide” que narra o fim da história (sim, a história acaba em suicídio) fechando assim esta obra que com certeza merece o título de Clássico do Rock.



1.- What's Going On - Marvin Gaye

What's Going On é um álbum de soul do cantor norte-americano Marvin Gaye, lançado em 21 de maio de 1971. O LP refletiu o início de uma nova tendência na soul music norte-americana. Com letras introspectivas sobre o abuso nas drogas, a pobreza e a Guerra do Vietname, o LP tornou-se imediatamente uma sensação e é considerado, pela crítica um marco da música Pop, como também um dos maiores álbuns de todos os tempos.
Os atritos de Marvin com a direção da Motown a respeito de suas ambições artísticas passaram a ser constantes desde então até o final da relação entre ambos. Como fruto dessas discussões e da detenção de Marvin, surgiria What's Going On, disco que mudaria os rumos da música negra norte-americana. Incorporando elementos do jazz e música clássica, com um forte elemento de percussão, o LP é um apanhando de reflexões sobre as profundas crenças espirituais do artista, entre as quais a pobreza, corrupção policial e principalmente as malefícios da Guerra do Vietname, uma das maiores preocupações de Gaye.
O álbum What's Going On tornou-se um dos mais importantes da carreira de Gaye e é até hoje seu trabalho mais conhecido. Tanto em termos de som (influenciado pelo funk e pelo jazz) e pelo conteúdo das letras (fortemente espiritual), o álbum representou uma aproximação com seus trabalhos iniciais na Motown. Além da faixa-título, "Mercy Mercy Me" e "Inner City Blues (Make Me Wanna Holler)" atingiram o Top 10 Pop Hits e o primeiro lugar da lista R&B da Billbaord. What's Going On é formado por nove consistentes canções - a maior parte dela ligadas e relacionadas. O álbum é narrado pelo ponto de vista de um veterano da Guerra do Vietnã, que retornava ao seu país após ter lutado pela pátria, onde ao voltar não encontra nada para além de injustiça, sofrimento e ódio.

Anos 60



5. Revolver - The Beatles


Revolver é o sétimo álbum do grupo de rock inglês The Beatles lançado em 5 de agosto de 1966, inicialmente no Reino Unido e em 8 de Agosto nos EUA. Atingiu o primeiro lugar nos tops Americanos e do Reino Unido.
Considerado por muitos, ainda mais inovador do que seu antecessor (Rubber Soul, de 1965), Revolver marca a adesão oficial dos Beatles ao Psicadelismo. Passeia desde a música oriental "Love You To", aos apelos vibrantes de "Got to Get You into My Life", da solidão lúgubre de "Eleanor Rigby", ao experimentalismo psicodélico de "Tomorrow Never Knows" e ao optimismo de "Yellow Submarine".
Com os Beatles, o mundo embarcaria no submarino amarelo da fantasia, pronto para viver toda a loucura dos últimos anos da década de sessenta.


4. - Highway 61 Revisited - Bob Dylan



Highway 61 Revisited é o sexto álbum de estúdio do cantor Bob Dylan, lançado a 30 de Agosto de 1965 pela gravadora Columbia Records.
É o primeiro álbum a ser gravado inteiramente com uma banda de rock, dado que o seu antecessor Bringing It All Back Home teve apenas metade das músicas gravadas nestas condições. É caracterizado como a fase da sua carreira "jovem raivoso", tem muitos temas de intervenção , com takes duros e ruidosos.
A faixa "Like a Rolling Stone" foi incluída na lista de revista Rolling Stone no nº 1 das 500 Maiores Canções de Todos os Tempos.





3.- The Velvet Underground & Nico - Velvet Underground


The Velvet Underground & Nico é o álbum de estreia da banda de rock norte-americana The Velvet Underground, com participação de Nico, lançado originalmente no ano de 1967. Este álbum ganhou notoriedade por suas sensibilidades experimentalistas e pelo foco das suas composições ser geralmente material controverso, como na canção "Heroin". Embora tenha sido relativamente um fracasso comercial no lançamento, desde então tem sido considerado um dos álbuns de rock mais influentes e criticamente bem-sucedidos da história.
The Velvet Underground and Nico foi gravado com a primeira formação profissional de Velvet Underground (Lou Reed, John Cale, Sterling Morrison e Maureen Tucker) juntamente com Nico, que ocasionalmente ocupava o cargo de vocal principal, graças à insistência do produtor e mentor da banda, o artista pop Andy Warhol. Nico cantou em três faixas ("Femme Fatale", "All Tomorrow's Parties" e "I'll Be Your Mirror") e participou igualmente em "Sunday Morning".
De realçar que este álbum é geralmente chamado de "álbum da banana", já que possui o desenho de uma banana feito por Andy Warhol. As cópias iniciais do álbum convidavam o dono a "descascar lentamente e ver"  ("peel slowly and see"). Descascando o adesivo, revelar-se-ia uma banana de cor de pele.



2.- Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band


Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band é o oitavo álbum lançado pela banda britânica de rock The Beatles. É frequentemente citado como o melhor e mais influente álbum da história do rock e da música. Gravado em 129 dias em aproximadamente 700 horas, foi lançado em 1 de junho de 1967 na Inglaterra, e no dia seguinte nos Estados Unidos. Considerado como álbum inovador desde sua técnica de gravação até a elaboração da capa. Pelo pouco apelo comercial, não foi tocado nas rádios, mas vendeu 11 milhões de cópias só nos Estados Unidos.
Dois dos maiores sucessos da banda, Strawberry Fields Forever e Penny Lane, estariam em Sgt.Pepper´s, mas foram lançados como um compacto. O disco recebeu quatro Grammys, entre eles "Álbum do Ano".


Gravado em uma época de psicadelismo e experimentação, o álbum, produzido por George Martin, é um precursor de técnicas de gravação e composição.
A ideia central do álbum consistiu na que os Beatles tomaram o papel da "Banda do Clube de Corações Solitários do Sargento Pimenta", deixando para trás limitações e transformando o rock em objecto de culto. Em treze canções levam ao limite o conceito do rock, agregando orquestrações, instrumentos hindus, gravações tocadas ao revés e sons de animais. Rock, music hall, baladas, jazz e até música oriental se juntam em Sgt. Pepper.



Gostava de realçar estas duas músicas:


"Lucy in the Sky with Diamonds", de John Lennon, sofreu especulação que suas iniciais - LSD - seriam uma referência à droga que os Beatles consumiam, ainda que John tenha desmentido isto, alegando que o título era alusivo a um desenho de seu filho. A psicadélica melodia foi alterada ao extremo onde se pensa que cada nota está com uma velocidade superior ou inferior à anterior. Devido a suposta associação às drogas, a faixa foi banida pela BBC. Na época John e George Harrison já haviam experimentado LSD, mas em julho de 1967 Paul declarou na imprensa que também havia experimentado a droga. Em 2004, Paul McCartney disse em uma entrevista que "Lucy In The Sky With Diamonds" realmente era sobre LSD.

 "A Day in the Life", uma obra de arte criada por Lennon e por McCartney, baseado em uma colagem de notícias retiradas de um jornal e suas respectivas reflexões na voz nasal e sonhadora de John, permitindo-lhe fazer uma visão crítica muito especial do que se descreve na canção. A quantidade de instrumentos era tal que a gravação foi sobreposta quatro vezes com leves diferenças de tempo. Desta forma parecia uma orquesta de 160 instrumentos. O resultado final soa como uma aterragem de um voo, cortada subitamente por um relógio despertador



1.- Pet Sounds - The Beach Boys



Pet Sounds é o décimo primeiro álbum de estúdio da banda de rock americana The Beach Boys, lançado 16 de maio de 1966 pela Capitol Records.
Tem sido amplamente classificado como o mais influente disco já lançados na história da música e foi classificado número # 1 em várias listas de maiores álbuns de todos os tempos em revistas de música, incluindo a New Musical Express, The Times e revista Mojo.
Este obra prima  foi criada vários meses após Brian Wilson ter parado de partir em digressões com a banda com o intuito de concentrar-se na escrita e gravação. Neste trabalho, ele teceu camadas elaboradas de harmonias vocais, juntamente com efeitos de som e instrumentos não-convencionais, como sinos de bicicleta, órgãos, cravos, flautas, latas de coca-cola, e apitos para cães, junto com instrumentos mais comuns como teclados e guitarras.
Este álbum também contem a música mais bela de todos os tempos: "God Only Knows"



Please allow me to introduce myself

Please allow me to introduce myself, i'm not a man of wealth and taste but...


Sou uma rapariga que viu-se "obrigada" a criar um blogue, mesmo não percebendo "puto" de tecnologias porque não posso chumbar a TeC (Tecnologias e Comunicação), uma unidade curricular da licenciatura a qual frequento, que já agora é Comunicação Social.

Pleased to meet you, hope you guess my name...

É Mariana e nos próximos dias vou partilhar com vocês os cinco melhores álbuns musicais de cada década desde os 60´s até aos 00´s.

Rocking in hard place

Com este blogue pretendo deixar as minhas sugestões musicais.












Rock On Out!